quarta-feira, 27 de junho de 2007

Um olhar para trás...

Antes de entrarmos verdadeiramente na nova época desportiva, que na realidade já começou com o período de transferências que tanto nos apaixona e tantas discussões de café suscita, quero analisar o nosso passado recente. Desta forma posso criar um ponto de partida para todas as minhas próximas opiniões e assim um ponto de ligação entre elas.

Costumo dizer que um campeão é sempre um justo campeão porque acabar em primeiro ao fim de 30 jogos é sempre um equilibrio entre maus e bons jogos, más e boas arbitragens, altos e baixo momentos de forma com jogadores lesionados à mistura e pressões extra que o adepto do futebol nem sempre conhece.

Contudo na época 2004-05 senti as minhas convicções ameaçadas: um "estranho Benfica" é campeão. Vitorioso mas muito limitado, Trapattoni faz um milagre com a sua equipa. O Benfica jogou sempre com o mesmo 11, sem soluções ou alternativas, praticando um futebol pouco imaginativo, curto de criatividade, com muitas vitórias arrancadas a ferro e por 1 golo enfim... imaginar Simão infiltrado, Nuno Assis a distribuir, Geovanni a correr e Nuno Gomes... a marcar... a marcar? desculpem mas é para mim a negação das faixas de campeão.

Beneficiaram do demérito de outros concorrentes ao trono do futebol português como o Sporting que por vezes maravilhava e arrisco que praticava no seu melhor o futebol mais bonito de toda a Europa. Contudo as más exibições, embora esporádicas, também faziam lembrar a liga do últimos. José Peseiro tinha a obrigação de, num ano mau do Porto e com um Benfica à sua imagem, ter explorado mais e melhor os recursos que tinha.
Disse "mau Porto"... pois após a saída de José Mourinho o valor infalcionado de muitos jogadores enriqueceu os cofres dos dragões. Era necessário encontrar um treinador que não fugisse ao modelo tático do melhor treinador do mundo e era importante uma avaliação meticolosa dos reforços a procurar. Com as contratações de Diego e Quaresma pedia-se no minimo um amante de equipas com extremos criativos e um dez. Pinto da Costa vai buscar um italiano amante do futebol directo, rápido e em profundidade, nada mais nada menos que um inédito 4-2-4 em Portugal... Resultado nem começou o campeonato. A segunda opção foi a melhor da época para o clube. Fernandez é um bom treinador e com métodos que nos aproximam desse 4-3-3 elástico e bonito qe o Estádioo do Dragão poderia presenciar. Contudo a equipa já vinha minada de trás e as grandes mudanças que foram ipmlementadas num curto espaço de tempo dificultaram o trabalho do espanhol. Solução: José Couceiro. Prefiro não comentar esta parte...

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